O mundo e suas agonias. Aprendi apenas viver a vida, não lamentar dos meus tombos e tropeços. Descobri que sorrir é bem melhor que chorar, a vida é linda e lágrimas são passageiras, e que se for pra viver de lágrimas que sejam as de emoções. Tudo é fase, chorar não adianta e sorrir vai bastar pra contagiar. Hoje, eu sei, foi errado. Tive que levar muito na cara pra aprender que um dia o sonho acaba, mas agora sou mais forte e não quero sobreviver, e sim, viver. Sentir cada gosto de todos os risos que serão deixados no ar, fazer alguém feliz e colher felicidades em cada nascer do sol a cada dia que passar.
Eu sou feita de pedaços de tudo aquilo que já passou. Eu sou uma identidade fragmentada. Há marcas em mim das relações que vivi no passado, das experiências que me foram traumáticas; assim como há marcas das vitórias, das alegrias, das conquistas. São marcas, são pedaços de mim. Essas marcas podem pesar, e pesam realmente, mas elas não me impedem de caminhar. Há pedaços que são bem grandes. Pedaços que outra pessoa julgaria intransponíveis, mas que eu, de alguma forma, aprendi a carregar, transpor ou cruzar.
Quero poder, conscientemente, aliviar o peso das marcas. Elas existem, existirão, mas não precisam significar tanto, não mais. Um ano novo me espera, assim como também, eu o aguardo esperançosamente. O aprendizado necessário é o de viver apesar destes pedaços do passado. O passado e seus pedaços não voltam mais. É no momento presente que eu escolho as novas marcas, as coisas boas, os valores, que serão, amanhã, meus outros pedaços.
" Não vou me deixar embrutecer. Eu acredito nos meus ideais. Podem até maltratar meeu coração, que meu espírito ninguém vai conseguir quebrar! " ♪